terça-feira, 27 de outubro de 2009

ALERTA: Assalto no Bompreço da Rosa e Silva


Repassado por: Paulo Roberto Lacerda


POSTADO NO BLOG DO JAMILDO ÀS 14:17 EM 24 DE OUTUBRO DE 2009
Por Inês Calado

Consultório médico. Escola de inglês. Supermercado. Não importa se estamos na periferia ou em bairros considerados nobres. Podemos ser vítimas da violência que assola o Recife em qualquer lugar. E de formas cada vez mais assustadoras. Nessa sexta-feira (23), por volta das 18h30, estava no estacionamento do Bompreço dos Aflitos. Sozinha, guardei a feira que acabara de fazer na mala e segui para casa. Minutos depois, na Rua do Futuro, surge um homem no banco de trás do meu carro e, com uma arma, anuncia o assalto. 
"Fique quieta, fique quieta. Não faça nada, senão atiro". Ainda demorei alguns segundos para entender o que estava acontecendo. Como aquele homem estava no meu carro? Consegui ver pelo retrovisor que era um rapaz novo, no máximo 20 anos. E fui alertada: "Não olhe não, não olhe não".
Pediu dinheiro, celular, aliança, relógio, enquanto eu dirigia, sem saber para onde. Ele disse que, se eu fizesse tudo que pedisse, não iria acontecer "latrocínio" (sim, palavras dele). Quando descobriu que a correntinha que uso no pescoço com um pingente da minha filha era de prata, desprezou.
Consegui manter a calma. Perguntei para onde iríamos. Ele disse que só iria descer na sua área. Poucos quilômetros depois, pediu para ficar numa parada de ônibus próximo ao Clube Náutico, na Avenida Rosa e Silva, sua área. E afirmou: "Sou vítima moça". 
Depois que o homem que, em poucos minutos, me fez todo tipo de ameaça com uma arma desceu do meu carro, cai em prantos. Depois de quatro anos de ter tido meu esposo sequestrado, no Recife, fomos mais uma vez vítimas da violência que, a cada dia, nos deixa com vontade de morar em outro lugar.
Ainda não fui ao Bompreço cobrar mais segurança, afinal o homem entrou no meu carro enquanto estava no estacionamento deles. Também não fui à delegacia prestar queixa. Sei que preciso fazer isso. Mas agora não consigo. Só quero ficar perto da minha família e agradecer a Deus por não ter sido vítima, como bem disse o assaltante, de mais um latrocínio no Recife.
Inês Calado é repórter do SJCC


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